terça-feira, 26 de agosto de 2008

Portishead, Alzira e o ferro do metrô.


Balança o vagão, Portishead tocando. Segura no ferro. Tira a mão do ferro. Essa música é muito sensual pra ouvir e ficar com a mão no ferro. Dá vontade de dançar nele.

Freia o vagão, Portishead ainda tocando. Põe a mão no ferro. Desce ela vagarosamente no ritmo da música. Uma semi dança erótica.

Olha pro lado vejo o Nelson Mandela em clone. Olha pro outro e vejo uma pessoa tentando me enganar que aquilo é Armani. Eu posso estar ouvindo Portishead, mas seus óculos não são Armani. Nem que você queira muito. Nem aqui, nem na China.

“Se concentra, se concentra... Não dança, não dança...”

Mexe o quadril.

“Pára, inferno! Tão te olhando...”.

Chego à estação.

Não mais ouvirei Portishead se não em momento de foda.

2 comentários:

Anônimo disse...

"Não mais ouvirei Portishead se não em momento de foda"


E esse seu pudor ficou tão falso quanto o Armani do "isento do imposto de renda" ao seu lado.

LuCais disse...

Hahahaha!
Teu blog é ótimo. Depois entra no meu, não é divertido, mas é bacaninha...
agnuslucas.blogspot.com