sexta-feira, 28 de março de 2008

Vulgarizou geral.

Vamos começar esse post com uma dinâmica. Eu pergunto para você, caro leitor, um sabor de iogurte, de bala, de chiclete, de gelatina ou de camisinha. O que você me responderia?


[Pausa para você pensar]


Se em uma, ou mais dessas opções, você respondeu morango, não se sinta surpreso (a).
Existem alguns tipos de coisas que são adotados como padrão pela sociedade, fato esse que acaba fazendo com que essas coisas percam a graça e, em parte, restringe tantas outras coisas, como por exemplo, a difusão do sabor tamarindo, que particularmente eu acho mais agradável às minhas papilas gustativas do que o morango em si. Não que eu não goste de morango. Mas sabe, é uma fruta clichê.

Isso de vulgarizar as coisas acontece muito em tudo, é incrível! Calças quadriculadas. Hoje em dia qualquer ném ou playsson-stronda-morador-de-bairro-nobre usa. Tem ainda o caso da vulgarização do Orkut, do msn, do Blogger, ou da própria Internet mesmo! Fora o caso do metrô, do aparelho ortodontal, do celular Nokia 5200 (foi só eu comprar o meu) e até do Photoshop. Tenho outros exemplos de vulgarização, mas se for falar todos perderia um dia inteiro. Se tiverem alguns outros exemplos, me falem!

domingo, 23 de março de 2008

Páscoa.

Estava sozinho em casa numa dessas semanas pós-Páscoa, há mais ou menos uns 9 anos atrás. Resolvi pegar uns bombons ruinzinhos que estavam sobrando nas caixas e coloquei na panela pra derreter e fazer outros bombons colocando esse chocolate derretido na forminha de gelo no congelador. Só não sabia que para tal feito necessitava de uma técnica chamada "banho-maria". Para tanto, os chocolates queimaram e pela casa ficou um cheiro horrível e eu ainda tive que comer aquela gororoba nojenta pra não deixar pista da besteira. Fora a panela imunda, com uma crosta de chocolate queimado e fedorento no fundo que eu tive que lavar pra ocultar de vez as provas do crime.

quarta-feira, 19 de março de 2008

Fantasia, ninguém na linha!

Depois de falar da minha ira controlada, não deu pra não ficar indignado com isso. Olha que absurdo, gente: Sílvio Santos acaba de tirar o programa "Fantasia" do ar! Cadê o seu critério senhor Abravanel??? HEIN!? Mostre-me por favor, pois não consigo entender.

Por que você não tira aquela bosta de Lalola do ar? Ou então aquele todo resto de porcarias mexicanas reprisadas MIL vezes? Quer acabar de vez com a graça da sua emissora? Tira logo então Chaves e, se ainda estiver passando, A Usurpadora! Aproveita também e tira o Bom Dia e Cia. com a Maisa junto!

Contudo, se o que você quer é garantir a "qualidade" e o "ibope", o que você tá esperando pra trazer de volta o Topa Tudo Por Dinheiro? Ou Passa Ou Repassa e as tortas na cara??? Quiçá Disney Club!

Apa merda e tenho dito.

terça-feira, 18 de março de 2008

Pecados Capitais.

Ultimamente eu tenho me sentido uma pessoa um tanto quanto pecaminosa. Pelo último post dá pra perceber que a ira muitas vezes me consome, embora eu a controle. Mas isso não funciona com alguns outros pecadinhos.

Umas pessoas têm ficado me olhado quando eu passo por aí. Isso em geral me irrita porque eu levo pro lado negativo, já que eu não me acho bonito pra ser foco de olhares desejosos. Logo, penso que tem algo de errado com cabelo, roupa, etc. Tanto sou insatisfeito com o meu corpo que quero e vou recomeçar a natação.

Incontrolável em mim é o tanto de preguiça que me apossa. As coisas andam sonolentas, meus caros. Muito sono e muito lentas. Se eu paro por um minuto sentado e fecho os olhos, já começo a cochilar. E é por isso que às vezes eu atendo aos meus pedidos luxuriosos e de soberba e me permito vir trabalhar de ônibus de viagem super-refrigerado-quase-nevando, mega confortável e o principal: vazio! Ou então aos anseios de gula, permitindo-me abusar na hora do self-service. Porém, nisso tudo, uma coisa de boa há: estou praticando o desapego material, ignorando então a tênue tendência que eu tenho para a avareza.

Prometo me controlar pra poder ir pro céu.

segunda-feira, 17 de março de 2008

Uma pausa para reclamar.

Não há nada mais irritante do que coisas irritantes. Ainda mais pelo fato de me irritar eu ficar/estar irritado. Raramente alguém me viu/verá assim. É um processo muito difícil, sabe, onde envolve pensamentos negativos, assassino-suicidas e tensos.

Pra manter a harmonia quero estar, sempre que possível, fora de qualquer engarrafamento e dentro do meu horário, pra nunca, jamais ou em hipótese alguma chegar atrasado, pois detesto. Eu passo quatro horas diárias, ou mais, dentro de um ônibus, então, tenho que ter um trabalho mental muito forte pra não pirar durante a semana. Pra ter noção do tamanho da tensão que me dá, eu sinto vontade de murrar a pessoa que está sentada do meu lado, como se a culpa fosse dela. Nem preciso falar que o motorista falta pouco eu querer matar. Também me irrita absurdamente, ainda no ônibus, essas pessoas com voz de maritaca que ficam conversando alto, fazendo questão de que as outras pessoas no ônibus ouçam a conversa e ainda por cima ficam me acordando!

Ao andar por aí, vamos evitar ficar enrolando na minha frente enquanto eu tô andando. Façam esse favor, principalmente se o seu passo for mais lento que o meu. Tudo bem que eu tenho pernas grandes e que um passo meu corresponde a dois passos e meio de qualquer outra pessoa normal, porém ficar admirando a paisagem urbana com olhar e andar de peixe morto enquanto passa pela rua não é lá nada agradável e ainda por cima faz com que o trânsito de pedestres engarrafe. Agora, se você for um velhinho debilitado fique em casa - na zona sul, lógico, pois é onde todos os idosos moram - e só saia de lá com o seu carro, pois você será engolido pela loucura e por pernas que bandeiam, onde uma delas será a minha! Brincadeirinha...

Uma outra pequena coisa que me deixa possesso sou eu falar/cumprimentar alguém e ficar no vácuo. Pode ter toda a certeza do mundo, do Sistema Solar e quiçá da Galáxia toda que eu não mais cumprimentarei essa pessoa quando passar por mim, a não ser que ela me cumprimente, pois não sou mal educado. Fora isso, farei a egípcia sempre. O meu mal é que eu tenho memória de elefante e recordo tudo tim-tim-por-tim-tim; o dia, a hora, o mês, o ano, a roupa usada, como estava o dia, quem estava e onde estava. Nem tanto, mas a essência é essa. Vale lembrar que longe de mim guardar rancor. Juro (mesmo)!

Me irritam também galinhas ciscando, me dá vontade de bicá-las. Pode até parecer que eu sou uma pessoa antipática, estressada e amargurada com a doideira da rotina. Mas muito pelo contrário. Como eu disse, é muito difícil me tirar do sério, tanto que nunca dei soco sério nos cornos de ninguém! Porém, espero veementemente um dia dar.

Ai, me deu até vontade de xingar um palavrão, poxa!

domingo, 16 de março de 2008

Introspecto, na vida pensando.

Eu quase juraria que, me pegando absorto em pensamentos, poderia chegar em um fluxo texto com um tema coerente, específico e dotado de sentido. Só errei em pensar que não cairia na mesmice do enchimento de lingüiça e do não entendimento por parte de outrem, visto que esse texto, dotado de sentido sim, só seria entendido pelo mesmo que o escreveu, no caso eu.

A nostalgia às vezes nos pega nesses momentos de ócio semi criativo de pensamentos retroativos e infundados, onde dá até uma vontade chocha, meio que apertada, de quase chorar, muitas das vezes seguradas por uma força oculta que nos fazem ter, por que não, uma certa ojerização de fatos ocorridos. Mas nem sempre. Meu eu e eu (nós enfim) não suportamos viver com amarguras incubadas que com o tempo designam problemas internogastrioauriculares, sendo esses causados de arrependimentos que não levam a nada. Fez, pra sempre estará feito, assim como os flatos proferidos (in) conscientemente, na pior de todas as hipóteses.

A evolução, de certa forma, acaba nos pegando vez por outra, mesmo que nós não saibamos e desejamos. Mas é infreável para aquele ser que deseja, principalmente, procriar ou tentar; até quando dessa tentativa não surjam seres. Sendo esses seres férteis ou não. Está tudo escrito, podem ler, foi Darwin quem disse por aí.

Agora assim, seguindo o intuito principal dessa mancha textual nesse mais um post, quero que antes de mais nada, seja meio que tudo. Pois afinal, cada ser, individualmente ou grupalmente, procura o tal “plus a mais” em suas (nossas e vossas) vidas. Não paradoxal pelo fato de que tudo que envolve a interiorização e abstração deste único e individual ser inicia-se por meio de incentivos mesointerexteriores. Sendo que o interior funciona por si só, pois é mais que obvio que sim, funciona. Até porque a externosociabilização do indivíduo consiste na sua própria internosociabilização com seu eu e com as vozes que habitam sua cabeça, deixando cada vez mais concreto a importância da externação de tudo que decorre em idéias externáveis. Se não entende, Freud é mais um desses que, como Darwin, explicam. E no momento de introspecção em pensamentos não pode haver companheiro mais adequado a tal situação. Eu poderia até dizer mais, mas não vou dizer não. Não hoje.

sexta-feira, 14 de março de 2008

Programas trash exibidos na madrugada, como o 'Fantasia' e 'Medalhão persa', atraem uma legião de fãs insones.

Mirelle de França e Zean Bravo, O Globo



Atire a primeira pedra preciosa quem nunca, nem por um minuto, ficou hipnotizado em frente à TV assistindo ao programa "Medalhão persa". Admita: pelo menos uma vez você quase sucumbiu aos apelos daquela mão misteriosa repleta de jóias e por pouco não ligou para comprar um anel. Agora, confesse: quem, numa madrugada insone, nunca sintonizou na coreografia simplória das meninas do colorido "Fantasia", do SBT, ao mesmo tempo em que tentava descobrir onde estava o grande prêmio de mil reais ou em que forno encontrava-se um frango assado cenográfico... Assustado? Esses são apenas dois exemplos da programação da madrugada, o horário menos nobre e mais ingrato da TV aberta, mas que - apesar disso, e por algum mistério inexplicável, já que a qualidade é baixa - cativam fãs notívagos, aficionados por tudo o que é trash.

- Aquele rodízio de jóias é hipnotizante. Para mim, é como um mantra - diverte-se a DJ Leïlah Accioly, que costuma varar madrugadas assistindo ao programa "Medalhão persa", que vende jóias e tapeçaria através de lances dados pelo telefone.

Para Leïlah, o programa tem uma aura de mistério. E uma estética pra lá de estranha:

- A imagem é amarelada, o cenário mais parece o de uma corretora de imóveis, dá para ouvir um pianinho clássico de fundo, os telefones tocando ao longe... - enumera.

O "Medalhão persa" é um ícone das madrugadas há 13 anos. É uma produção independente, transmitida pela Rede Vida, CNT e canais eventuais da NET e da TVA. Gravado em Curitiba, no Paraná, ocupa três estúdios, emprega mais de 100 funcionários e movimenta R$ 4 milhões por mês. Em breve, o "Medalhão", que já ganhou até um genérico, o "1.001 noites", terá um canal 24 horas. Quem conta, orgulhoso, é o iraniano Masoud Jafari, de 50 anos, criador do programa.

- Começamos vendendo tapetes, mas percebemos que as jóias faziam mais sucesso, principalmente entre as mulheres. Vendemos cinco mil peças por mês em média - diz Jafari.

Sem querer, o programa também acabou aguçando de forma incontrolável a curiosidade: de quem são aquelas mãos e orelhas repletas de jóias? Há pelo menos três apresentadoras. Uma delas é Adriana Lopes.

- É uma loucura: querem saber a cor do esmalte, o nome da minha manicure e alguns vêm até o estúdio só para ver meu rosto.

Ex-assistente de palco de Gugu Liberato, Helen Ganzarolli também experimenta a popularidade ao lado de Caco Rodrigues no "Fantasia" ( veja trecho ), a bizarra gincana das madrugadas do SBT, que dá média de três pontos de audiência e já teve a ex-dançarina Carla Perez, a cantora Tânia Mara e até a atriz Fernanda Vasconcellos em versões anteriores, exibidas em horários mais nobres. Ao vivo, o programa coleciona uma série de gafes, como a da ex-dançarina do Tchan, que certa vez perguntou ao telespectador: "Você escolheu a letra 'i' de escola?"

- Não tive maiores micos, mas claro que já troquei os nomes das dançarinas. Recentemente entraram quatro novas e durante a prova dos "Naipes" troquei sem querer. Acontece. Estamos ao vivo e temos 35 mulheres no palco - justifica Helen, escolada em inibir participantes animados - Sempre tem um bonitinho assanhado comigo. Mas eu brinco e com jeito eles se comportam.

Helen não se importa com críticas ou audiência.

- O público é o maior termômetro. O "Fantasia" foi sucesso nas outras versões e agora não é diferente. Por onde passo, ouço: "Sou fã do SBT" - garante a morena, que premia com R$100 os telespectadores que iniciam o telefonema dizendo a tal frase.

Há quem ache graça a cada repetição desse "grito de guerra" do programa.

- Os participantes do "Fantasia" vibram e pagam mico. É surreal - diverte-se o estudante Caio César de Andrade, 20 anos, viciado na atração.

Além de apresentar, Caco Rodrigues dirige o "Fantasia", que costuma homenagear o participante tocando o hino do seu estado, com direito a uma indescritível coreografia das dançarinas.

- O programa também está sempre testando brincadeiras novas - informa Caco.

Na linha do inacreditável "Insomnia", o "Hyper QI" ( veja trecho ), na Rede TV!, parece não carecer dessa preocupação. O game, transmitido em um horário vendido pela emissora, alardeia prêmios em barras de ouro e é capaz de exibir por mais de meia hora apenas um joguinho de palavras embaralhadas. Quem tenta participar, além de ter que pagar pelas ligações, pode perder a paciência: antes de entrar ao vivo, o telespectador deve responder a uma série de perguntas para ter a pontuação necessária.

Segundo a produção do "Hyper QI", a madrugada foi escolhida por ser "muito difícil encontrar horários disponíveis em televisão". Para os fãs dos programas da madrugada, essa dificuldade pouco importa: viciados em trash estão sempre zapeando. O chef de cozinha Renato Ribeiro, por exemplo, aproveitou um intervalo do "Fantasia", seu preferido, para descobrir o "Hyper QI".

- Sei que há programas muito melhores na TV, com qualidade. Mas acho irresistível. Até liguei para o "Fantasia", mas não consegui participar - revela Ribeiro, que não tem TV a cabo.

Outra atração de sucesso improvável é o "Dança comigo" ( veja trecho ), exibido na madrugada de domingo para segunda-feira na Band Rio. O apresentador Jonas Santana se orgulha de ter lançado o atual fenômeno do funk carioca: a "Dança do Créu". Durante meia hora, moças de roupas justas exibem suas curvas ao som de "lançamentos" como MC Dentão e MC Crystal. Apenas no site de relacionamentos Orkut, a comunidade do programa, também independente, tem quase seis mil participantes.

- Tenho 1.900 grupos querendo se apresentar no "Dança comigo", já consegui quatro pontos no Ibope. Isso é coisa à beça - comemora Jonas.


Texto original:
http://oglobo.globo.com/cultura/revistadatv/mat/2008/02/29/programas_trash_exibidos_na_madrugada_como_fantasia_medalhao_persa_atraem_uma_legiao_de_fas_insones-426022716.asp

Eu assisto a todos eles!!! \o/